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Soja: Mercado opera em campo negativo na manhã desta 4ª feira em Chicago

Nesta manhã de quarta-feira (4), os futuros da soja operam em campo negativo na Bolsa de Chicago. Por volta das 7h40 (horário de Brasília), as posições mais negociadas perdiam pouco mais de 4 pontos e o contrato maio/15 valia US$ 10,07 por bushel.

O mercado segue o movimento registrado no fechamento do pregão de ontem, quando a soja fechou o dia próximo da estabilidade depois de registrar perdas expressivas ao longo do dia.

As negociações dos caminhoneiros com o governo seguem em Brasília e a greve dos motoristas pode estar próxima do fim em todo o Brasil, o que também ajuda a aliviar o mercado internacional.

 

Veja como fechou o mercado nesta terça-feira:

Nesta terça-feira (3), o dólar fechou acima de R$ 2,92 pela primeira vez em dez anos e, mais uma vez, compensou as baixas registradas em Chicago para os preços da soja. No porto de Rio Grande, o valor fechou o dia em R$ 69,00 por saca, R$ 68,00 em Santos e R$ 67,50 em Paranaguá.

A moeda norte-americana cresceu frente ao real ainda reagindo à instabilidade da economia brasileira e das preocupações dos investidores com o futuro do país diante da necessidade de tantas mudanças e arrochos que vêm sendo anunciados. Assim, a divisa fechou o dia com alta de 1,14% a R$ 2,9280 na venda.

“Qualquer alívio sobre o real tende a ser pontual, já que a situação econômica e política do Brasil gera muita insegurança entre os investidores locais e estrangeiros, com potencial de uma reversão de trajetória e volatilidade nos mercados internos”, disse o operador João Paulo Garcia Correa, da Correparti.

Segundo explicou o analista de mercado Camilo Motter, da Granoeste Corretora de Cereais, a questão cambial segue como o centro da formação dos preços no Brasil e exige atenção do produtor nesse momento, já que será o grande diferencial. “A taxa cambial em alta é o componente que tem dado o direcionamento do preço interno”, disse.

Paralelamente, vemos ainda os preços nos portos um pouco melhor avaliados do que no interior do país, ainda por conta do valor dos fretes e da situação da continuidade da greve dos caminhoneiros no Brasil, que mantém interrompido o fluxo de produto no país.

“Há uma perspectiva de aumento dos fretes. De maneira geral, os fretes têm subido na ordem de 5 a 8% entre o que tínhamos antes da paralisação e dos relatos de agora das empresas transportadoras e de empresas que estão com produto para levar ao porto”, explica Motter.

No entanto, o mercado já observa o atual cenário da greve dos caminhoneiros como uma situação mais amena neste início de semana. No final da tarde desta terça, por volta das 18h (horário de Brasília), as estradas no Brasil já não estavam mais bloqueadas, porém, cerca de quatro estados ainda apresentavam pontos de manifestações e o fluxo de produto ainda buscava a normalização de seu ritmo.

Segundo informações da assessoria de comunicação da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, no terminal de Paranaguá os estoques de carga só são suficientes até esta quarta-feira (4). Até a meia-noite de ontem chegaram ao porto cerca de 713 caminhões, menos da metade da média registrada para esse mesmo período do ano, que é de 1600 veículos no dia. Durante a tarde, 1048 caminhões se encaminhavam para o terminal.

Assim, as negociações no Brasil vêm apresentando bons volumes nos últimos dias. “A questão da paralisação dos caminhoneiros exerceu um sentido inverso. O produtor, por necessidade de abrir mais espaço em seus armazéns, por acreditar que esse seja um bom momento, veio mais a mercado”, relatou Camilo Motter.

 

Bolsa de Chicago

Na Bolsa de Chicago, os futuros da soja mostraram uma movimentação mais fraca do meio tarde para o fechamento do pregão desta terça-feira. As posições mais negociadas fecharam o dia perdendo pouco mais de 1 ponto.

O mercado veio sentindo um recuo das cotações à medida em que a greve dos caminhoneiros vinha perdendo força nesse início de semana aqui no Brasil. Segundo analistas e consultores, as boas e fortes altas registradas nos últimos dias foram motivadas, principalmente, pela interrupção do fluxo de produto no país e, agora que as negociações parecem estar melhor encaminhadas, os investidores apostam menos nesse fator.

Ao mesmo tempo, as atenções dos investidores estão também na espera pela confirmação dos números para a safra 2015/16, na conclusão da safra da América do Sul e, principalmente na demanda extremamente forte e aquecida pela soja em grão e seus subprodutos, especialmente o farelo. Em função de um inverno mais longo no hemisfério norte e baixíssimas temperaturas, a demanda por alimentação animal tem crescido acima das expectativas.

Fonte: Notícias Agrícolas

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