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Soja: Mercado segue movimento negativo e exibe novas baixas em Chicago nesta 5ª

O mercado internacional da soja segue trabalhando do lado negativo da tabela na Bolsa de Chicago nesta quinta-feira. Por volta das 7h40 (horário de Brasília), os principais vencimentos da oleaginosa perdiam entre 4 e 5,25 pontos, todos operando abaixo dos US$ 9,00 por bushel. O contrato novembro/15, referência para a safra norte-americana, era cotado a US$ 8,99.

O ambiente para as cotações da commodity segue, pelo menos nesse momento, ainda desfavorável com boas perspectivas de clima nos EUA favorecendo a conclusão da nova safra do país, e das preocupações em relação à economia da China, principalmente.

Novamente nesta quinta, as bolsas chinesas voltaram a recuar e, segundo informações da agência de notícias Reuters, refletindo as informações de que empresas receberam investimentos do governo chinês. Desde a desvalorização do yuan, a bolsa de Xangai já acumula uma baixa de 7%.

Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam a nervosa sessão desta quarta-feira (19) com baixas significativas nos principais vencimentos. O pregão foi marcado por forte volatilidade, com o mercado futuro americano testando novas mínimas e ainda repercutindo as notícias que começaram a chegar na semana passada.

O contrato setembro/15 encerrou os negócios valendo US$ 9,03 por bushel, com queda de 9,75 pontos, enquanto o novembro, referência para a safra americana, perdeu 10,75 e fechou em US$ 8,93. Já o maio/16, referência para a safra brasileira, fechou o dia em US$ 9,01, caindo 9,4 pontos.

Para Mársio Ribeiro, consultor da TRINI Consultoria, o mercado pode vir a testar, com esse novo ambiente de informações influenciando os negócios, preços entre US$ 8,50 e US$ 9,00 por bushel. O consultor explica ainda que somente com novos problemas sendo reportados haveria a possibilidade de uma recuperação expressiva das cotações. “caso contrário não existe espaço para recuperação. Somente o clima, ou notícia difrente em termos de demanda ou estoques poderiam levar à alguma mudança na tendência”, disse.

Nesta sessão, a commodity voltou a sentir o peso do desenvolvimento da nova safra dos Estados Unidos, das últimas previsões climáticas trazendo boas condições para a conclusão das lavouras do país, além de um mercado financeiro mais nervoso e de movimentos técnicos, com os fundos liquidando parte de suas posições em acentuados movimentos de venda.

“No caso da soja, temos um movimento técnico. O mercado está testando o fundo do poço”, acredita Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting.

Além disso, o mercado ainda recebeu as informações de que os futuros do petróleo bateram, nesta quarta-feira, suas mínimas em seis anos devido ao aumento dos estoques norte-americanos, e de que a China injetou US$ 17,18 bilhões no sistema financeiro do país.

Assim, no Brasil, os preços também recuaram. Entretanto, a alta do dólar nesta quarta, apesar de tímida, ajudou a amenizar as baixas. Em Paranaguá, a soja disponível fechou o dia com R$ 77,50 por saca e a da safra nova em R$ 76,00. No terminal de Rio Grande, R$ 76,90 para o produto disponível e R$ 76,70 para o futuro.

Clima nos Estados Unidos

“Chuvas moderadas estão se formando no leste do Meio-Oeste americano e algumas mais fortes estão se movendo para as Planícies do Sul, e estes são os primeiros itens de atenção do mercado na questão do clima para o mercado de commodities nesta quarta-feira”, disse Bryce Anderson, agrometeorologista e analista do site internacional DTN.

Ainda de acordo com Anderson, esse sistema de chuvas para o Corn Belt é favorável para, principalmente, os níveis de umidade dos solos onde soja e milho estão na fase de enchimento de grãos nos EUA.

E o último boletim semanal de acompanhamento de safras trazido pelo USDA na segunda-feira (16) mostrou que 63% das lavouras de soja dos Estados Unidos estavam em boas ou excelentes condições, mesmo número da semana anterior. O reporte atuou como mais um fator de pressão sobre as cotações, na medida em que os traders, apesar de tudo, apostavam em uma redução desse número.

Mercado Financeiro

No mercado financeiro, foco na China. Nesta quarta-feira, o Banco do Povo da China (o banco central chinês) anunciou uma injeção de US$ 17,18 bilhões em liquidez no sistema bancário da nação e, apesar de poder gerar um impacto positivo na economia mais adiante, uma medida como essa afeta ainda mais o humor dos investidores internacionais.

“Isso pode ser visto como um incentivo ao consumo e demanda da China, mas em se tratando do tamanho da economia Chinesa, o número é pequeno, e representa algo perto de 0,17% do PIB previsto.

É um valor considerável, eu concordo, mas pequeno quando colocado frente à China. Só nos resta esperar para ver como o mercdo interpreta isso”, explica ainda Mársio Ribeiro.

Fonte: Notícias Agrícolas

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