Agronegócio

Soja: Mercado tem manhã de estabilidade nesta 5ª feira na Bolsa de Chicago

O mercado internacional da soja, nesta manhã de quinta-feira (7), operava com ligeiras altas na Bolsa de Chicago. Assim, por volta das 7h40 (horário de Brasília), as cotações dos principais vencimentos subiam pouco mais de 2 pontos e o contrato julho/15 era cotado a US$ 9,84 por bushel.

O mercado ainda caminha de lado, depois das boas altas registradas no início desta semana e agora anseia por novidades para retomar movimentos mais expressivos.

 

Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira (6):

Durante toda a sessão desta quarta-feira (6), os preços da soja na Bolsa de Chicago caminharam de lado, com oscilações limitadas, e terminaram o dia bem próximos da estabilidade, em campo misto. Entre as posições mais próximas, baixas de 1 a 3 pontos. Os futuros do farelo e do óleo de soja também passaram por uma ligeira baixa.

Segundo explicam analistas, o mercado, neste pregão, passou por uma correção técnica depois das duas últimas sessões de boas altas, em um movimento de realização de lucros. Ainda assim, registrou alguns momentos de ligeiros ganhos e as baixas acabaram limitadas pelo dólar em baixa no cenário internacional e pela alta do petróleo.

Para o analista de mercado e economista da Granoeste Corretora, Camilo Motter, essas baixas um pouco mais fortes foram registradas sentindo o peso – leve, nesse momento – das posições vendedoras dos fundos de investimentos, determinando esse fechamento do lado negativo da tabela. Porém, ao mesmo tempo, as posições mais distantes fecharam a sessão com pequenas altas, ainde segundo Motter, com o foco dos traders voltado para a nova temporada norte-americana. O contrato novembro/15, referência para a safra dos EUA, fechou o dia subindo 1,50 ponto e valendo US$ 9,56 por bushel.

“Os vencimentos mais distantes registraram leves ganhos, focados essencialmente nas condições de plantio da safra norte-americana. Uma nova onda de chuvas deve atingir grande parte da região produtora, podendo resultar em atraso dos trabalhos de campo”, explica o analista da Granoeste. De acordo com os últimos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), até o último domingo (3), já havia 13% da área de soja cultivada no país.

Da demanda as notícias também são positivas, principalmente para o produto norte-americano diante da greve dos trabalhadores na Argentina, a qual poderia se espalhar das indústrias processadoras de soja para os portos. “Isso tende a a estimular novas compras de óleo no mercado norte-americano – aumentando a demanda naquele país em um período em que a oferta se avoluma na América do Sul”, explica Motter. A nação sulamericana é, atualmente, a maior exportadora mundial de óleo de soja, com uma perspectiva para essa temporada de vendas de 4,5 milhões de toneladas.

E os números das exportações do complexo soja, como mostra um levantamento do SIMConsult, também transparecem esse cenário. Na Argentina, as vendas de farelo de soja já somam 4,5 milhões de toneladas somente nos dois primeiros meses deste ano e apresentam, portanto, 24% de alta contra o mesmo período do ano passado. Sobre o óleo de soja, o aumento em relação ao primeiro bimestre desse ano e o de 2014 é de 17%.

No Brasil, as exportações de farelo de soja somaram, em abril, 1,28 milhões de toneladas, elevando o total do primeiro trimestre a 3,52 milhões de toneladas, ou seja, 28,5% acima do registrado no mesmo período do ano anterior. Já as vendas de óleo de soja foram de 160 mil toneladas no último mês, de 301 mil nos primeiros três meses do ano, com um alta de 5,6% se comparada ao mesmo período de 2014. Nos EUA, há um aumento de 12% nas exportações de farelo.

 

Mercado Interno

No Brasil, as cotações da soja conseguiram recuperar alguns patamares importantes diante de uma junção de fatores, entre eles uma retomada do dólar à casa dos R$ 3,00, as melhores referências em Chicago e também os prêmios ainda fortes nos portos. Em Paranaguá, as referência ainda passam de 60 centavos de  dólar sobre os valores praticados na CBOT nas principais posições de entrega. “A retração do produtor é uma das razões para a manutenção dos prêmios em alta nos portos brasileiros”, explica o analista.

Assim, o ritmo de negócios no início da semana, ainda segundo explica Camilo Motter,  voltou a perder um pouco de força dada, princilpamente, a um movimento mais tímido das altas da moeda norte-americana. A divisa voltou a recuar nesta quarta-feira e caiu quase 1%.

“A taxa de câmbio voltou a perder força, pressionando a formação do preço doméstico. Indicações de compra no oeste do estado do Paraná ficaram entre R$ 61,50 e R$ 62,00 por saca, dependendo do momento do dia, da data de pagamento e da localização do lote. Nos portos da região, indicações de compra entre R$ 68,00 e R$ 69,50, dependendo do prazo de pagamento”, relata o analista da Granoeste, direto de Cascavel. No fechamento do dia, o valor ficou em R$ 70,00 por saca e alta de 0,72%.

Fonte: Notícias Agrícolas

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