Soja: Mercado tem novo dia de pouca movimentação na CBOT na última sessão da semana
Nesta última sessão da semana na Bolsa de Chicago, os futuros da soja registram estabilidade e, por volta das 7h30 (horário de Brasília), as cotações subiam pouco mais de 1 ponto nos vencimentos mais negociados. E assim, o mercado repete os movimentos registrados nos últimos dias frente a poucas novidades que possam estimular oscilações mais expressivas.
O desenvolvimento da nova safra dos Estados Unidos – que já tem plantada mais de 60% da área prevista para a temporada 2015/16 – e, com tudo correndo dentro do previsto, a reação do mercado, segundo analistas, acaba sendo limitada.
Porém, como explica o analista da Agrinvest, Eduardo Vanin, o aumento da diferença entre os valores praticados nos vencimentos julho e novembro indicam as perspectivas de uma boa safra vinda dos Estados Unidos.
Na manhã desta sexta-feira, o primeiro vencimento valia US$ 9,26 por bushel, enquanto o último, entre os principais, valia US$ 9,03.
Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:
Na sessão desta quinta-feira (28), os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam a sessão em campo negativo, com os principais vencimentos apresentando ligeiras baixas. O mercado registrou uma nova sessão de estabilidade.
Por outro lado, no Brasil o dólar registrou um novo pregão de alta frente ao real, chegou aos R$ 3,18 ao longo dos negócios e o suporte dado pelo câmbio favoreceu a formação dos preços nos portos do Brasil, como tem acontecido nos últimos dias.
Em Paranaguá, a cotação para o produto disponível manteve os R$ 68,00 por saca, enquanto subiu 0,15% em Rio Grande para alcançar o mesmo patamar. Já no caso da safra nova, os preços trabalham na casa dos R$ 70,00 e, nesta quinta, fecharam com R$ 72,00 e R$ 73,20, nos portos paranaense e gaúcho, respectivamente. No interior do país, os preços também fecharam o dia com estabilidade.
Outro fator que, de acordo com analistas também ajuda na manutenção dos preços da soja no Brasil, além do dólar e dos prêmios, é a pouca movimentação das cotações em Chicago e alguns patamares mantidos, principalmente nas posições mais próximas, como o vencimento julho/15, que fechou o dia valendo US$ 9,26 por bushel e com baixa de 1 ponto.
E o dia foi, novamente, de pouca movimentação na Bolsa de Chicago. As baixas entre as posições mais negociadas, no fechamento do pregão, ficaram entre 1 e 4,50 pontos. O contrato novembro/15, referência para a safra norte-americana – que é foco do mercado internacional – terminou o dia com US$ 9,02 por bushel, depois de ter registrado, na mínima da sessão, o valor de US$ 8,98.
“Os futuros da soja fecharam com ligeira baixa após os ganhos recentes. Mais cedo, novas mínimas foram testadas, porém, o mercado conseguiu uma rápida recuperação até o fechamento”, disse Bob Burgdorfer, analista de mercado do site internacional Farm Futures.
Ainda segundo Burgdorfer, os fundamentos permanecem baixistas frente às boas perspectivas para a nova safra dos Estados Unidos e também diante das condições climáticas favoráveis nas principais regiões produtoras dos EUA.
De acordo com os últimos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), o plantio da soja, até o domingo (24), já estava concluído em 61% da área prevista. O número, apesar de ter superado o registrado no ano passado e a média dos últimos cinco anos, ficou dentro das expectativas do mercado e acabou, de acordo com analistas, limitando as baixas da semana em Chicago.
E os últimos mapas climáticos mostram para o período dos próximos 6 a 10 dias previsões apontando temperaturas acima da média para o período Meio-Oeste americano e chuvas dentro do esperado.
Fonte: Notícias Agrícolas