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Soja: Preços mantêm tom de estabilidade nesta manhã de 6ª feira em Chicago

Nesta manhã de sexta-feira (17), os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago dão continuidade ao movimento de estabilidade registrado ontem e operam com ligeira baixa. Nesta sessão, por volta das 7h40 (horário de Brasília), as cotações perdiam pouco mais de 1 ponto ainda sustentando o patamar dos US$ 9,60 entre as posições mais negociadas.

O mercado, segundo explicam analistas, segue mantendo seu tom mais defensivo à espera, principalmente, do início da safra de milho nos Estados Unidos, que deve ser registrado nas próximas semanas. Paralelamente, dá atenção ainda ao comportamento climático no país, já que esse será, ainda segundo analistas, o principal direcionador para os preços no quadro internacional nos próximos meses.

 

Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:

O mercado internacional da soja fechou a sessão desta quinta-feira (16) com estabilidade na Bolsa de Chicago. Depois de testar os dois lados da tabela durante todo o dia, os futuros da oleaginosa encerraram os negócios com ganhos de pouco mais de 1 ponto entre os principais vencimentos, e o maio/15 cotado a US$ 9,66 por bushel.

Os preços na CBOT passaram, como explicou o o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, por um ligeiro movimento de realização de lucros depois de duas sessões de altas consecutivas. “O dia hoje foi de busca por lucros”, disse.

Paralelamente, o clima nos Estados Unidos para a safra 2015/16 segue no foco dos investidores. Até o momento, as condições climáticas são favoráveis tanto para o início do plantio da soja, quanto para a continuidade dos trabalhos com o milho, que já tinha 2% da área cultivada até o último domingo (12).

“A melhora dos níveis de umidade no solo do Meio-Oeste americano devem dar às safras um bom início, principalmente de desenvolvimento, depois que o plantio estiver concluído”, disse o analista de mercado do site internacional Farm Futures, Bob Burgdorfer.

Na outra ponta, há ainda as informações sobre a demanda, que segue forte, principalmente por parte da China, com previsão de que importem em junho e julho 8 milhões de toneladas em cada um desses meses, segundo o analista de mercado Vinícius Ito, da Jefferies Corretora, de Nova York.

Para Brandalizze, as compras da China neste ano poderiam passar de 77 milhões de toneladas, número acima dos 74 milhões estimados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). “Os chineses já compraram 36 milhões de toneladas de soja nos Estados Unidos e agora estão se voltando de forma agressiva para a América do Sul. Mas, os compradores enfrentam dificuldades na Argentina, onde os produtores estão ainda mais reticentes em vender diante das incertezas políticas do país. Eles vão segurar o máximo possível”, explicou o consultor.

Nesta quinta-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou seu novo boletim semanal de vendas para exportação e os números para a soja ficaram acima dos registrados no reporte anterior.

Na semana que terminou em 9 de abril, as vendas de soja dos Estados Unidos ficaram em 538,8 mil toneladas, sendo 312,6 mil da safra 2014/15 e mais 226,2 mil da 2015/16. O total ficou acima das expectativas do mercado, que eram de 400 mil toneladas. Os números são maiores do que os da semana anterior, que ficaram negativos em 176,7 mil e foram de 559,9 mil toneladas, respectivamente. No acumulado do ano comercial, as vendas de soja já somam 48.536,6 milhões de toneladas, frente ao estimado pelo USDA para a temporada de 48,72 milhões de toneladas.

 

Mercado Interno

No Brasil, o dia também foi de pouca movimentação entre as cotações, principalmente nos portos. Em Paranaguá, o preço da soja para maio/15 caiu 0,75% para R$ 66,50 por saca, enquanto em Rio Grande, a baixa foi de 0,72% para R$ 68,50. Já a soja disponível no terminal gaúcho teve uma queda de 0,74% para R$ 67,50. Em Santos, manutenção nos R$ 69,00.

O dólar, nesta quinta-feira, registrou mais uma sessão de volatilidade, fechou em queda e novamente pesou sobre a formação dos preços no Brasil. A moeda norte-americana fechou bem próxima dos R$ 3,00.

No entanto, Vlamir Brandalizze acredita que a divisa já esteja próxima de uma base, que não tem espaço para cair muito mais e que, dessa forma, a posição do produtor brasileiro de esperar novas e melhores oportunidades de comercialização é agora uma posição acertada. “Para o produtor existe mais a frente, certamente, novos momentos favoráveis, com fechamentos melhores do que o que temos hoje”, explica.

Fonte: Notícias Agrícolas

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