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Soja: Preços recuam em Chicago e no Brasil com pouca movimentação e queda do dólar

Em busca de um bom posicionamento antes do feriado de Ação de Graças que será comemorado nos Estados Unidos nesta quinta-feira (27) – e quando as bolsas norte-americanas não operam -, os investidores registraram um pregão de pouca movimentação para o mercado da soja nesta quarta (26) na Bolsa de Chicago. Os vencimentos principais terminaram o dia com perdas de 2,25 a 4 pontos. Os futuros da oleaginosa até chegaram a operar com leves altas, porém, fecharam a sessão com uma ligeira realização de lucros.

Os negócios serão retomados na sexta-feira (28), mas funcionam só meio período e acontece somente o pregão regular, mas voltam a ganhar força na próxima segunda-feira, dia 1º de dezembro, quando o mercado deverá se voltar mais para os fundamentos além dos movimentos técnicos, segundo explicam os analistas.

Com esse calendário e sem muitas notícias novas, o mercado se comporta de forma mais técnica nessa semana, segundo explica Vlamir Brandalizze. O consultor de mercado da Brandalizze Consulting diz ainda que os grandes investidores ainda observam o mercado da soja operando em um intervalo entre US$ 10,00 no suporte e US$ 10,80 na resistência, o que faz com que, nesse momento, as posições mais negociadas operem no meio desses números, mais próximas dos US$ 10,50.

Entre os fundamentos, as únicas notícias que mexem efetivamente com o andamento dos preços nessa semana são as novas compras chinesas que continuam a ser anunciadas. Nesta quarta, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou uma operação com 120 mil toneladas da oleaginosa da safra 2014/15 para a China. Desde o início do ano comercial, em 1º de setembro, os chineses já compraram mais de 12 milhões de toneladas de soja dessa temporada.

“Temos o fator demanda levando o produto, firmando grandes volumes sendo consumidos e, automaticamente, o mercado já vê que não há muito espaço na linha de baixa, tentando se manter linear nos US$ 10,50 entre a base e a máxima do curto prazo que podemos observar”, acredita Brandalizze. “E para continuar subindo, serão necessárias mais notícias dos fundamentos, como perdas mais acentuadas na América do Sul ou grandes compras para a China no começo de dezembro, o que poderia dar lastro para o mercado continuar subindo e tentar furar os US$ 11 em diante. No curto prazo, acredito que ainda não há espaço para isso (continuando na janela entre US$ 10,20 e US$ 10,80 em um corredor técnico)”, completa o consultor.

Recuo no mercado interno e comercialização parada

No mercado interno, a quarta-feira foi de baixas para os preços da soja. Com um recuo do dólar, motivado pelas boas expectativas sobre a nova equipe econômica da presidente Dilma Rousseff e de bons dados vindos da economia dos Estados Unidos, a cotação da soja disponível no porto de Rio Grande caiu 0,77% para R$ 64,50. O produto futuro, com entrega para maio/15, perdeu 0,79% e 0,78%, respectivamente nos portos de Paranaguá e Rio Grande, com R$ 63,00 e R$ 63,50.

No mercado disponível, a soja teve mais um dia de estabilidade nas principais praças pesquisadas pelo Notícias Agrícolas junto aos sindicatos rurais e cooperativas. Somente em Não-Me-Toque, no RS, e em Londrina, no PR, a cotação apresentou um ganho de 0,86% em ambas as praças e subiu para R$ 58,50 por saca. Em Luís Eduardo Magalhães, na Bahia, a alta foi mais expressiva – de 5,09% – e o preço fechou o dia a R$ 57,80.

Com os atuais preços que têm sido observados nos portos e ainda no interior do país, a comercialização da safra brasileira voltou a diminuir seu ritmo e os últimos levantamentos apontam que se aproxima de 20%, um número bem aquém do registrado nas temporadas anteriores nesse mesmo período.

Fonte: Notícias Agrícolas

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