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Soja tem pregão de leves altas e busca por estabilidade nesta 5ª feira em Chicago

Os futuros da soja operam em campo positivo na manhã desta quinta-feira (12) na Bolsa de Chicago. O mercado, porém, trabalhava na tentativa de manter certa estabilidade e, por volta das 7h30 (horário de Brasília), subia pouco mais de 2 pontos entre os principais vencimentos, com o contrato maio/15, referência para a safra brasileira valendo US$ 9,95 por bushel.

Os negócios dão continuidade às altas registradas na sessão anterior e, hoje, espera pela atualização dos números das exportações norte-americanas que será feita entre 11h e 12h pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Além disso, ainda nesta semana, na sexta-feira (13), o Nopa (Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas) traz um novo boletim mensal com o esmagamento de soja nos EUA em fevereiro.

Soja: Mercado fecha em alta na Bolsa de Chicago e favorece preços no Brasil nesta 4ª

Os futuros da soja, nesta quarta-feira (11), fecharam seus negócios em campo positivo. Os principais vencimentos terminaram o pregão com altas de 6 a 8 pontos na Bolsa de Chicago. Assim, o vencimento maio/15, referência para a safra brasileira, fechou o dia valendo US$ 9,93 por bushel. O farelo e o óleo de soja também terminaram em alta.

O mercado buscou consolidar uma recuperação depois das baixas registradas na sessão anterior e dos números sem novidades trazidos nesta terça-feira (10) pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Os dados inalterados em relação às informações de fevereiro frustraram os investidores mais uma vez que, depois de liquidarem algumas posições, voltaram a apostar em um mercado mais sustentado, segundo explicaram analistas e consultores.

Há ainda, no radar dos fundos de investimentos, números muito fortes para as exportações norte-americanas, com quase 100% do total projetado para ser exportado na temporada 2014/15 – 48,72 milhões de toneladas – e um ritmo ainda bastante aquecido. Além disso, os embarques dos EUA se mostra em um ritmo bem mais acelerado do que o registrado na temporada anterior.

Até a semana que terminou em 26 de fevereiro, os EUA já haviam vendido 47.620,8 milhões de toneladas de soja da safra 2014/15, contra 44.163,3 milhões do mesmo período do ano comercial anterior. Esse número será atualizado nesta quinta-feira (12). No acumulado da temporada, os embarques já somam 42.547,126 milhões de toneladas, enquanto no mesmo período da safra 2013/14, o total era de 37.972,414 milhões.

A demanda interna norte-americana também se mostra aquecida nesta temporada, principalmente, em função do rigoroso inverno que vem sendo registrado no hemisfério norte e, consequentemente, diante de uma maior necessidade de ração para alimentar os animais. Entretanto, o USDA também não mexeu no número de esmagamento de soja no país.

Nesta sexta-feira (13), a Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas dos EUA (Nopa) traz o volume de soja processada no país em fevereiro e esse número também vem sendo esperado com certa ansiedade pelo mercado. Em janeiro, o processamento da oleaginosa nos EUA  totalizou 4,43 milhões de toneladas, contra expectativas de 4,42722 milhões.

Para Camilo Motter, analista de mercado e economista da Granoeste Corretora, além desses fatores, o mercado aguarda agora pelas novas projeções para a nova safra norte-americana de grãos, com os primeiros números oficiais saindo no final do mês. “No fórum anual do USDA, o departamento, contrariando expectativas do mercado, disse que poderia haver uma redução de área de plantio, quando se esperava um aumento significativo no plantio da soja”, diz.

 

Mercado Interno

No Brasil, nossas vendas seguem avançando e os preços ainda se sustentam em patamares interessantes de comercialização. Nesta quarta-feira (11), os preços nos portos continuaram atuando na casa dos R$ 70,00 por saca e a alta do dólar tem sido o protagonista para a valorização. Em Paranaguá, o preço ficou em R$ 70,50/saca no fechamento do dia. Em Rio Grande, o mercado disponível fechou a quarta-feira com R$ 71,50 e a soja futura em R$ 72,50.

“Acredito que essa seja uma boa hora para participar e falando de o produtor chegar ao mercado com uma parcela de sua produção. Estamos vivendo os melhores da temporada, sem dúvida, portanto é um preço de participação. Mas podemos ter outros melhores ou tão bons porque a taxa de câmbio, nesse momento, não mostra uma certeza de direção. É muito provável que dada a instabilidade política, social e econômica no Brasil o câmbio possa atingir níveis mais altos daqui para frente”, explica Motter.

Fonte: Notícias Agrícolas

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