AgronegócioDestaque

Soja testa recuperação em Chicago e opera com ligeira alta na manhã desta 5ª feira

O mercado da soja na Bolsa de Chicago tenta uma recuperação nesta manhã de quinta-feira (21) depois de consecutivas baixas. Por volta das 7h30 (horário de Brasília), os futuros da oleaginosa trabalhavam com ligeiras altas que variavam entre 3,50 e 4,75 pontos entre os principais vencimentos.

Dessa forma, a primeira posição – julho/15 – já buscava, novamente, se consolidar acima dos US$ 9,40 por bushel, enquanto o contrato novembro/15, referência para a safra norte-americana recuperava o patamar dos US$ 9,20 e e era negociado a US$ 9,23.

De acordo com analistas, o mercado passa por um movimento de recuperação técnica depois dos últimos recuos registrados nos pregões anteriores, motivados pelo bom desenvolvimento da nova safra nos Estados Unidos e das perspectivas de uma continuidade desse cenário.

Nesta quinta, como tradicionalmente acontece, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) deve reportar seu novo boletim semanal de vendas para exportação e o mercado também aguarda por essas informações.

 

Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:

Nesta quarta-feira (20), os preços da soja registraram uma nova sessão de baixa para os preços praticados na Bolsa de Chicago. Acompanhando esse recuo e ainda pressionado pela baixa do dólar frente ao real que foi intensificada no final da tarde, os preços nos portos brasileiros também recuaram no fechamento dos negócios.

No terminal de Paranaguá, o valor da soja disponível caiu 0,75% para R$ 66,00, enquanto perdeu 1,19% em Rio Grande, passando para R$ 66,40 por saca. No meio do dia, os preços eram de, respectivamente, R$ 66,50 e R$ 67,00. Para o produto da safra nova, entrega maio/16, o último preço foi de R$ 71,30, depois de registrar R$ 72,00 ao longo do dia.

No interior do país, os preços apresentaram poucas oscilações no fechamento desta quarta-feira. Segundo um levantamento feito pelo Notícias Agrícolas junto à cooperativas agrícolas e sindicatos rurais, entre as principais praças de comercialização, houve alteração somente em São Gabriel do Oeste, no Mato Grosso do Sul, onde a cotação caiu 1,85% para R$ 53,00 por saca e em Jataí/GO, com baixa de 0,18% para R$ 54,90. As demais exibiram estabilidade.

E com essa pouca movimentação entre as cotações no mercado brasileiro, segundo analistas, os negócios mantêm seu ritmo ainda mais lento nesse momento. Mercado segue totalmente travado, como recuo total dos vendedores. “As indicações de compra ficaram ainda mais distantes das pretensões manifestadas pelos produtores”, explica o analista de mercado e economista da Granoeste Corretora, Camilo Motter.

 

Bolsa de Chicago

Na Bolsa de Chicago, depois de uma sessão de volatilidade, os futuros da soja fecharam o dia com baixas de 4 a 6,50 pontos entre os principais vencimentos, depois de uma sessão de bastante volatilidade e recuos mais intensos ao longo do dia. Assim, o vencimento julho/15 terminou o pregão com US$ 9,41 e o novembro a US$ 9,19 por bushel.

“Os futuros da soja recuaram hoje, levando o contrato novembro a registrar uma nova mínima. Enquanto os prêmios (no Golfo do México) continuam fortes e a demanda ainda muito expressiva, as expectativas de uma grande safra (2015/16) e de altos estoques nos EUA pesam sobre as cotações”, afirma Bryce Knorr, analista de mercado do site americano Farm Futures, justificando essa diferença mais evidente entre as posições mais próximas e mais distantes.

Ainda de acordo com Knorr, os números dos embarques e vendas para exportação da safra 2014/15 dos Estados Unidos são os dados que refletem essa presença ainda latente da demanda, além “do potencial de estoques mais baixos da safra velha dos Estados Unidos”.

E essa pressão exercida pelo significativo avanço do plantio nos EUA – que estava em 45% da área até o último domingo – no mercado futuro americano deve ser, como explica Flávio França Junior, analista de mercado da França Junior Consultoria, acompanhada constantemente, uma vez que há ainda é necessária a consolidação e confirmação dessa grande safra no país  nos próximos meses.

E são os números da demanda, ainda de acordo com o analista, que, apesar de não estarem mais no foco central dos traders, poderia trazer algum fôlego às cotações da soja praticadas na Bolsa de Chicago. “Teremos ainda espaço para algum suporte nos preços da soja, principalmente nos contratos de safra velha – julho e agosto-, via demanda, principalmente pelo consumo norte-americano. E esse spread entre o julho e o novembro já começou a ficar mais evidente”, explica Flávio França Junior, consultor de mercado da França Junior Consultoria.

Fonte: Notícias Agrícolas

Mostrar Mais

Anuncie Aqui

Notícias Relacionadas

Volta para o botão de cima