Ação conjunta das polícias Rodoviária Federal e Federal apreenderam 889 quilos de cocaína na rodovia BR-262, altura do quilômetro 141, na Unidade Operacional da PRF em Água Clara – distante 130 km de Três Lagoas. A carga é avaliada em R$ 16 milhões e seria levada de Aquidauana a São Paulo.
De acordo com a PRF, a equipe policial abordou uma Toyota/Hilux CD com placa aparente de São Paulo (SP), que vinha sendo acompanhada pela Polícia Federal. A caminhonete era conduzida por um homem de 47 anos, tendo como passageiro um homem de 35. O motorista se identificou como proprietário de uma empresa do ramo do agronegócio e que trabalhava em várias fazendas pelo Estado.
Outra equipe da PRF observou um caminhão VW/115.180 CNM, com placas de Guarulhos (SP) realizar uma manobra brusca e estacionar no pátio de um posto de combustíveis. O condutor apresentou documentos com indícios de falsificação, segundo a polícia. Em checagem aos Sistemas da PRF foi verificada a inautenticidade do documento, momento em que o motorista informou seu verdadeiro nome.
Consultando a procedência do caminhão, os policiais observaram que era de propriedade motorista da Hilux abordada anteriormente na Unidade Operacional da PRF. Em princípio, o homem admitiu que o caminhão era seu e que prestava serviço para uma empresa do ramo de celulose da região.
Com os dois veículos em suspeita de estarem realizando alguma atividade ilícita, o Grupo de Ações com Cães da PRF e da PF foram acionados e os cachorros indicaram positivo para a presença de entorpecente no interior do compartimento de transporte de combustível. Foram retirados vários fardos com inúmeros tabletes de cocaína (pasta base e cloridrato), que somaram 889 kg da droga.
Enquanto a equipe fiscalizava o caminhão, um terceiro veículo, outra Toyota/Hilux, com placas de Betim (MG), conduzido por um homem de 26 anos, na companhia do passageiro de 36, seu irmão, foi abordado. O condutor se mostrou muito nervoso com a abordagem policial. A caminhonete estava plotada com adesivo da empresa do proprietário da primeira caminhonete abordada. Questionados se conheciam os ocupantes da primeira Hilux, ambos informaram que não e que viajavam para São Paulo (SP) para buscar maquinários agrícolas para seu patrão que tem uma fazenda no Pantanal.
Em checagem aos envolvidos em sistemas informatizados, observou que todos são parentes em primeiro grau e que o dono dos veículos é tio dos outros três envolvidos. Ele revelou seu verdadeiro nome. Disse ainda que utilizava a documentação de seu irmão (sem o conhecimento dele) porque é foragido, com Mandado de Prisão em Aberto por quebra do regime semiaberto em Campo Grande, onde cumpria pena por tráfico de drogas. O homem admitiu ainda que sabia da droga no caminhão e que a empresa foi aberta, exclusivamente, com o fim de traficar drogas e realizar lavagem de dinheiro. O destino do entorpecente seria a cidade de São Paulo.
O motorista do caminhão fora contratado para pegar o veículo, já carregado com a droga, em um pátio de um posto de combustível em Aquidauana e levar até a capital paulista, onde receberia pelo transporte.
Os cinco homens foram presos em flagrante e encaminhados, junto com os veículos e a droga, para a Polícia Federal em Três Lagoas.
JPNews